terça-feira, 1 de setembro de 2009

O pré-sal brasileiro

No litoral brasileiro as reservas encontradas na camada pré-sal são consideradas de média a alta qualidade, segundo a escala API. Estão localizadas nas águas territoriais brasileiras e na zona econômica exclusiva. O conjunto de campos petrolíferos do pré-sal se extende entre o litoral dos estados do Espírito Santo até Santa Catarina, com profundidades que variam de 1000 a 2000 metros de lâmina d'água e entre quatro e seis mil metros de profundidade no subsolo, chegando portanto a até 8000m da superfície do mar, incluindo uma camada que varia de 200 a 2000m de sal. Segundo Márcio Rocha Mello, geólogo e ex-funcionário da Petrobrás, a área do pré-sal poderia ser bem maior do que os 800 quilômetros, se estendendo de Santa Catarina até o Ceará
Apenas a descoberta dos três primeiro campos do pré-sal, Tupi, Iara e Parque das Baleias já dobraram as reservas brasileiras comprovadas, que eram de 14 bilhões de barris e agora são de 33 bilhões de barris. Além destas existem reservas possíveis e prováveis de 50 a 100 bilhões de barris.
A descoberta do petróleo nas camadas de rochas localizadas abaixo das camadas de sal só foi possível devido ao desenvolvimento de novas tecnologias como a sísmica 3D e sísmica 4D, de exploração oceanográfica, mas também de técnicas avançadas de perfuração do leito marinho.


Origem
O petróleo do pré-sal está em uma rocha reservatório localizada abaixo de uma camada de sal nas profundesas do leito marinho.
Antigamente a África e a América do Sul formavam um único continente, a Pangea, que a cerca de 200 milhões de anos se subdividiu em Laurásia e Gondwana. A aproximadamente 140 milhões de anos teve inicio o processo de separação entre duas as placas tectônicas sobre as quais estão os continentes que formavam o Gondwana, os atuais continentes da África e América do Sul. No local em que ocorreu o afastamento da África e América do Sul, formou-se o que é hoje o Atlântico Sul.
Nos primórdios, formaram-se vários mares rasos e áreas semi-pantanosas, algumas de água salgada e salobra do tipo mangue, onde proliferaram algas e microorganismos chamados de fitoplâncton e zooplâncton. Estes microorganismos se depositavam continuamente no leito marinho na forma de sedimentos, misturando-se à outros sedimentos, areia e sal, formando camadas de rochas impregnadas de matéria orgânica, que dariam origem às rochas reservatório. Ao longo de milhões de anos e sucessivas Eras glaciais, ocorreram grandes oscilações no nível dos oceanos, ocorrendo inclusive a deposição de grandes quantidades de sal que formaram grandes camadas de sedimento salino, geralmente acumulado pela evaporação da água nestes mares rasos. Estas camadas de sal voltaram a ser soterradas pelo Oceano e por novas camadas de sedimentos quando o gelo das calotas polares voltou a derreter nos períodos inter-glaciais.
Estes microrganismos sedimentados no fundo do oceano, soterrados sob pressão e com oxigenação reduzida, degradaram-se muito lentamente e com o passar do tempo, transformaram-se em petróleo, como o que que hoje é encontrado no litoral do Brasil.
O conjunto de descobertas situado entre o Rio de Janeiro e São Paulo (Bem-te-vi, Carioca, Guará, Parati, Tupi, Iara, Caramba e Azulão ou Ogun) ficou conhecido como “Cluster Pré-Sal”, pois o termo genérico “Pré-Sal” passou a ser utilizado para qualquer descoberta em reservatórios sob as camadas de sal em bacias sedimentares brasileiras. Ocorrências similares, sob o sal podem ser encontradas nas Bacias do Ceará (Aptiano Superior), Sergipe-Alagoas, Camamu, Jequitinhonha, Curumuxatiba e Espírito Santo, mas também já foram identificadas no litoral do continente africano, no [[[Mar Cáspio]] e no [Golfo do México]] Sendo que a grande diferença deste último é que o sal é alóctone enquanto o brasileiro e o africano são autóctones (Mohriak et al., 2004).
Os nomes que se anunciam das áreas do Pré-Sal, possivelmente não poderão ser os mesmos, pois se receberem o status de "campo de produção", os mesmos deverão ser batizados, segundo o artigo 3o da Portaria ANP no 90, com nomes ligados à fauna marinha.



Geologia
De uma maneira simplificada, o Pré-Sal é um conjunto de reservatórios mais antigos que a camada de sal (halita e anidrita) neoapitiniano que se estende nas Bacias de Campos e Santos desde o Alto Vitória até o Alto de Florianópolis respectivamente. A espessura da camada de sal na porção centro-sul da Bacia de Santos é de aproximadamente 2.000 metros, enquanto na porção norte da bacia de Campo está em torno de 200 metros. A área de ocorrência conhecida destes reservatórios, segundo a Petrobras (2008), é de 112.000 km² dos quais 41.000 km² (38%) já foram licitados e 71.000 km² (62%) ainda por licitar.
Este sal foi depositado durante a abertura do oceano Atlântico, após a quebra do Gondwana (Jurássico Superior-Cretáceo) durante a fase de mar raso e de clima semi-árido/árido do Neoapitiniano (1 a 7 M.a.).
A análise de um perfil sísmico da Bacia de Santos nos leva a crer que existem ao menos quatro Plays na região: O primeiro referente à fase Drift (turbiditos Terciários similares aos da Bacia de Campos) acima do sal e mais três, abaixo do sal, referentes Pós-Rift (carbonatos e siliciclastos apitinianos de plataforma rasa) e ao Sin-Rift (leques aluviais de conglomerados). Em todos os casos a rocha-geradora é de toda a costa Leste brasileira, a Formação Lagoa Feia.
Quando se fala do “Cluster Pré-Sal” na Bacia de Santos, as descobertas foram realizadas no Play Pós-Rift em grandes profundidades com lâminas d’água superiores a 2.000 m e profundidades maiores que 5.000 m, dos quais 2.000 de sal. As rochas geradoras são folhelhos lacustres da Formação Guaratiba (do Barremiano/Aptiano e COT de 4%). O selo são pelitos intraformacionais e obviamente o sal. A literatura científica afirma que os reservatórios encontrados são biolititos cuja origem são estromatólitos da fase de plataforma rasa do Barremiano.

A extração de petróleo da camada subsal
A descoberta do pré-sal foi anunciada pelo ex-diretor da ANP e posteriormente confirmada pela Petrobrás em 2007. Em 2008 a Petrobrás confirmou a descoberta de óleo leve na camda subsal .
A Petrobras afirma já possuir tecnologia suficiente para extrair o óleo da camada. O objetivo da empresa é desenvolver novas tecnologias que possibilitem maior rentabilidade, principalmente nas áreas mais profundas.
Em setembro de 2008, a Petrobras começou a explorar petróleo da camada pré-sal em quantidade reduzida. Esta exploração inicial ocorre no Campo de Jubarte (Bacia de Campos), através da plataforma P-34.
Um problema a ser enfrentado pelo país, diz respeito ao ritmo de extração de petróleo e o destino desta riqueza. Se o Brasil extrair todo o petróleo muito rapidamente, este pode se esgotar em uma geração. Se o país se tornar um grande exportador de petróleo bruto, isto pode provocar a sobrevalorização do câmbio, dificultando as exportações e facilitando as importações. Fenômeno conhecido como "mal holandês", que pode resultar no enfraquecimento de outros setores produtivos como a indústria e agricultura.

Entenda o que é a camada pré-sal

A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo (veja figura abaixo).
Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.
Um comunicado, em novembro do ano passado, de que Tupi tem reservas gigantes, fez com que os olhos do mundo se voltassem para o Brasil e ampliassem o debate acerca da camada pré-sal. À época do anúncio, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) chegou a dizer que o Brasil tem condições de se tornar exportador de petróleo com esse óleo.
Tupi tem uma reserva estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos.
Neste ano, as ações da estatal tiveram forte oscilação depois que a empresa britânica BG Group (parceira do Brasil em Tupi, com 25%) divulgou nota estimando uma capacidade entre 12 bilhões e 30 bilhões de barris de petróleo equivalente em Tupi. A portuguesa Galp (10% do projeto) confirmou o número.
Para termos de comparação, as reservas provadas de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil ficaram em 13,920 bilhões (barris de óleo equivalente) em 2007, segundo o critério adotado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Ou seja, se a nova estimativa estiver correta, Tupi tem potencial para até dobrar o volume de óleo e gás que poderá ser extraído do subsolo brasileiro.
Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.


Mais dúvidas
A Petrobras, uma das empresas pioneiras nesse tipo de perfuração profunda, porém, não sabe exatamente o quanto de óleo e gás pode ser extraído de cada campo e quando isso começaria a trazer lucros ao país.
Ainda no rol de perguntas sem respostas, a Petrobras não descarta que toda a camada pré-sal seja interligada, e suas reservas sejam unitizadas, formando uma reserva gigantesca.
Justamente por conta do desconhecimento sobre o potencial da camada pré-sal o governo decidiu que retomará os leilões de concessões de exploração de petróleo no Brasil apenas nas áreas localizadas em terra e em águas rasas. Afinal, se a camada for única, o Brasil ainda não tem regras de como leiloaria sua exploração.
Assim, toda a região em volta do pré-sal não será leiloada até que sejam definidas as novas regras de exploração de petróleo no país (Lei do Petróleo), que voltaram a ser discutidas pelo Planalto --foi criada uma comissão interministerial para debater modelos em vigor em outros países e o destino dos recursos do óleo extraído.
Além disso, o governo considera criar uma nova estatal para administrar os megacampos, que contrataria outras petrolíferas para a exploração --isso porque os custos de exploração e extração são altíssimos. Os motivos alegados no governo para não entregar a região à exploração da Petrobras são a participação de capital privado na empresa e o risco de a empresa tornar-se poderosa demais.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O que é mais ecologicamente correto: fazer xixi na privada ou durante o banho?

Por mais estranho que possa parecer, a resposta é no banho. A idéia é evitar o desperdício de água potável. De acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a cada descarga acionada são desperdiçados de 8 a 12 litros de água potável. Um adulto saudável produz entre 0,5 e 2,5 litros de urina por dia, expelidos, em média, em 4 idas ao banheiro. Isso significa um consumo estimado em 40 litros de água com descargas, enquanto um banho de chuveiro elétrico de 15 minutos, desligando-se o registro ao se ensaboar, consome 45 litros de água – o que quer dizer que pelo menos uma descarga pode ser economizada por dia. Até aí tudo bem. Mas o xixi escorrendo pelas pernas e caindo nos pés não é nojento? Nem tanto. “Não há com o que se preocupar. Afinal, estamos ali para nos lavar, e a água corrente leva tudo embora”, diz o biólogo Branco Chiacchio. Segundo o biomédico Roberto Figueiredo, o contato constante da urina com os pés pode causar, sim, o aparecimento de microorganismos como a Candida albicans, que causa o famoso pé-de-atleta. Além disso, o excesso de urina pode ser absorvido pelo rejunte do piso do banheiro, o que dificulta a higienização, além de servir como abrigo para germes e bactérias. Logo, se você resolver substituir a privada pelo chuveiro uma vez ao dia, faça o xixi logo no início do banho. E fique tranqüilo, pois esse xixi é composto de 95% de água e 5% de outras substâncias como uréia e sal. Tudo segue pelo ralo direto para as estações de tratamento, sem nenhum prejuízo à saúde.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Chuva Ácida

INTRODUÇÃO

A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e de nitrogênio na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água. O resultado são as chuvas ácidas. As águas da chuva, assim como a geada, neve e neblina, ficam carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. Ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações.

O gás carbônico (CO2) expelido pela nossa respiração é consumido, em parte, pelos vegetais, plâncton e fitoplâncton e o restante permanece na atmosfera. Hoje em dia, a concentração de CO2 no ar atmosférico tem se tornado cada vez maior, devido ao grande aumento da queima de combustíveis contendo carbono na sua constituição. A queima do carbono pode ser representada pela equação:
C + O2 ---> CO2
Tanto o gás carbônico como outros óxidos ácidos, por exemplo, SO2 e NOx, são encontrados na atmosfera e as suas quantidades crescentes são um fator de preocupação para os seres humanos, pois causam, entre outras coisas, as chuvas ácidas. O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez por Robert Angus Smith, químico e climatologista inglês. Ele usou a expressão para descrever a preciptação ácida que ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução Industrial. Com o desenvolvimento e avanço industrial, os problemas inerentes às chuvas ácidas têm se tornado cada vez mais sérios. Um dos problemas das chuvas ácidas é o fato destas poderem ser transportadas através de grandes distâncias, podendo vir a cair em locais onde não há queima de combustíveis.


Como se forma a Chuva Ácida

Inicialmente, é preciso lembrar que a água da chuva já é naturalmente ácida. Devido à uma pequena quantidade de dióxido de carbono (CO2) dissolvido na atmosfera, a chuva torna-se ligeiramente ácida, atingindo um pH próximo a 5,6. Ela adquire assim um efeito corrosivo para a maioria dos metais, para o calcário e outras substâncias. Quando não é natural, a chuva ácida é provocada principalmente por fábricas e carros que queimam combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Desta poluição um pouco se precipita, depositando-se sobre o solo, árvores, monumentos, etc. Outra parte circula na atmosfera e se mistura com o vapor de água. Passa então a existir o risco da chuva ácida.

Prejuízos e Efeitos
Segundo o Fundo Mundial para a Natureza, cerca de 35% dos ecossistemas europeus já estão seriamente alterados e cerca de 50% das florestas da Alemanha e da Holanda estão destruídas pela acidez da chuva. Na costa do Atlântico Norte, a água do mar está entre 10% e 30% mais ácida que nos últimos vinte anos. Nos EUA, onde as usinas termoelétricas são responsáveis por quase 65% do dióxido de enxofre lançado na atmosfera, o solo dos Montes Apalaches também está alterado: tem uma acidez dez vezes maior que a das áreas vizinhas, de menor altitude, e cem vezes maior que a das regiões onde não há esse tipo de poluição. Monumentos históricos também estão sendo corroídos: a Acrópole, em Atenas; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal, na Índia; as catedrais de Notre Dame, em Paris e de Colônia, na Alemanha. Em Cubatão, São Paulo, as chuvas ácidas contribuem para a destruição da Mata Atlântica e desabamentos de encostas. A usina termoelétrica de Candiota, em Bagé, no Rio Grande do Sul, provoca a formação de chuvas ácidas no Uruguai. Outro efeito das chuvas ácidas é a formaçao de cavernas.

PREJUÍZOS PARA O HOMEM SAÚDE: A chuva ácida libera metais tóxicos que estavam no solo. Esses metais podem alcançar rios e serem utilizados pelo homem causando sérios problemas de saúde.
PRÉDIOS, CASAS, ARQUITETURA: a chuva ácida também ajuda a corroer os materiais usados nas construções como casas, edifícios e arquitetura, destruindo represas, turbinas hidrelétricas, etc.

PREJUÍZOS PARA O MEIO AMBIENTE LAGOS: os lagos podem ser os mais prejudicados com o efeito da chuva ácida, pois podem ficar totalmente acidificados, perdendo toda a sua vida.
DESMATAMENTOS: a chuva ácida faz clareiras, matando duas ou três árvores. Imagine uma floresta com muitas árvores utilizando mutuamente, agora duas árvores são atingidas pela chuva ácida e morrem, algum tempo após muitas plantas que se utilizavam da sombra destas árvores morrem e assim vão indo até formar uma clareira. Essas reações podem destruir florestas.
AGRICULTURA: a chuva ácida afeta as planações quase do mesmo jeito que das florestas, só que é destruída mais rápido já que as plantas são do mesmo tamanho, tendo assim mais áreas atingidas.

REGIÃO DA SERRA DO MAR
A chuva ácida pode ocorrer nas áreas sob influência da poluição produzida pelas indústrias de Cubatão, próximo à Serra do Mar. Nesta região ocorre um fenômeno muito grave, a morte na floresta Atlântica que recobre a serra. As árvores de maior porte morrem devido à poluição. Os poluentes geram as chuvas ácidas, que causam a queda das folhas em algumas árvores. Abre-se uma clareira, e o Sol, antes bloqueado pela copa das árvores, agora incide diretamente sobre espécies mais sensíveis, matando-as. A destruição assume uma gravidade significativa por causa do papel que as árvores possuem. Elas fixam a camada de solo que reveste a Serra do Mar, impedindo o deslizamento desse terreno. A morte das árvores e o apodrecimento das raízes é prejudicial ao ambiente da serra, pois pode causar em vários pontos verdadeiras avalanches de lama e pedras. Caso esse processo se torne frequente, poderá causar entupimentos de rios (assoreamentos) e inundações.

CHUVAS ÁCIDAS NO MUNDO
Pode parecer que não, mas milhares de pessoas preocupam-se com o meio ambiente. Os dois países com maior interesse em acabar com a chuva ácida são a Grã-Bretanha e a Alemanha. A Alemanha mudou sua política repentinamente para garantir pouca poluição; já a Grã-Bretanha, que tem menos problemas, ainda quer um pouco mais de provasantes de atuar. Um outro país, os Estaods Unidos, acreditam que sejam necessários mais pesquisas e debates antes de uma ação prática.

COMO EVITAR A CHUVA ÁCIDA
CONSERVAR ENERGIA
Hoje em dia o carvão, o petróleo e o gás natural são utilizados para suprir 75% dos gastos com energia. Nós podemos cortar estes gastos pela metade e ter um alto nível de vida. Eis algumas sugestões para economizar energia:
Transporte coletivo: diminuindo-se o número de carros a quantidade de poluentes também diminui;
Utilização do metrô: por ser elétrico polui menos do que os carros;
Utilizar fontes de energia menos poluentes: energia hidrelétrica, energia geotérmica, energia das marés, energia eólica (dos moinhos de vento), energia nuclear (embora cause preocupações para as pessoas, em relação à possíveis acidentes e para onde levar o lixo nuclear).
OUTRAS SOLUÇÕES
Purificação dos escapamentos dos veículos: utilizar gasolina sem chumbo e adaptar um conversor catalítico;
utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre.

Efeito Estufa

O efeito estufa é uma manifestação da Terra para manter sua temperatura estável. É constituído pela ação dos gases dióxido de carbono, óxidos de azoto, metano e ozônio presentes na atmosfera que liberam raios infra-vermelhos sobre a Terra onde 65% deles ficam retidos e 35% dessa radiação volta para o espaço.
O efeito estufa é gerado pela derrubada e queimada de florestas, pois as árvores regulam a temperatura, o vento e até mesmo os níveis de chuvas de cada região. Na medida em que a devastação é feita, a temperatura vai aumentando gradativamente. Gases poluentes, óleo diesel, gasolina também contribuem para que o efeito estufa aumente pelo fato de isolarem a temperatura deixando a parte baixa da Terra mais quente em determinadas regiões trazendo sérios problemas. O aquecimento da Terra tem sido acelerado nos últimos 100 anos também produzidos por erupções vulcânicas, decomposição de matéria orgânica e fumaça de incêndios.
O aquecimento causa sérias conseqüências como o derretimento das calotas polares, de geleiras que aumenta a quantidade de água e cobre ilhas podendo dependendo da proporção submergir cidades. O aquecimento também contribui para o processo de desertificação e proliferação de insetos que trarão danos à vida humana e animal.
Os países industrializados são os maiores produtores de poluentes que contribuem para o efeito estufa, a industrialização de monóxido de carbono, chumbo, óxido de azoto em peças automotivas influenciam no processo de aquecimento tanto quanto o dióxido de enxofre das centrais termoelétricas a petróleo ou carvão, etano, etileno, propano, butano, pentano, acetileno em evaporação de solventes, lixos sólidos, processos industriais e dióxido de carbono usado em qualquer combustão.
Em 1997 foi discutido o protocolo de Kioto no Japão, mas só entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. O protocolo de Kioto visa estabelecer um tratado entre países para a reduzir a liberação de gases na atmosfera que provocam o efeito estufa. Os EUA não validou o tratado pois o presidente Bush alega que o mesmo retardaria o processo de desenvolvimento industrial.

Aquecimento Global

O aquecimento global é uma mudança climática provocada pelo descuido humano com o planeta e alterações ocorridas em seu meio externo. Tal fenômeno ocorre devido à grande liberação de gases na atmosfera que aumenta o efeito estufa, a variação solar que potencializa a alteração da temperatura do planeta, os movimentos do planeta que influencia nas alterações climáticas, a superfície da Terra que atenua a radiação solar, a pressão atmosférica que aumenta e diminui a temperatura do ar e outros.
Como as causas dessa alteração são inúmeras, atribui-se ao efeito estufa um papel de destaque nesse processo. O efeito estufa é um mecanismo de absorção da radiação solar por parte de gases existentes na atmosfera graças à liberação desses na superfície. Esses são: metano (o principal), dióxido de carbono, óxido nitroso, clorofluorcarbonetos e óxidos de azoto.
Com o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis que contribuem na absorção de tais gases há um grande acúmulo desses na atmosfera, o que já contribuiu para o crescimento da temperatura em 0,5º C e a elevação do nível do mar em 20 cm. Além do aumento da temperatura e do nível do mar podemos citar outras conseqüências como o degelo das calotas polares, alterações na existência de fenômenos como furacões, tsunamis, enchentes, tempestades, tornados, secas e outras alterações nas características das estações do ano, desaparecimento de cidades pelo avanço do mar, alterações agrícolas, extinção de espécies e aumento dos vetores de doenças.

Apesar de algumas causas do aquecimento do planeta ser exteriores, pode-se diminuir a utilização de combustíveis poluentes, substituir lâmpadas convencionais que geram 400 kg de dióxido de carbono por ano por fluorescentes, combater a liberação de fumaças em fábricas, reciclar o lixo produzido, manter a pressão do pneu em quantidade correta para render o combustível, deixar de utilizar o cigarro, evitar embalagens plásticas, diminuir a utilização do ar condicionado, impedir queimadas e desmatamentos, desligar aparelhos eletrônicos se não estiverem sendo utilizados e, por fim, ter consciência do problema e enfrentá-lo de modo que seja combatido.

O Brasil pode sofrer graves conseqüências diante do aquecimento global como: transformação da Amazônia em cerrado ou savana, elevação da temperatura em até 3,8ºC, elevação do mar em 0,5 m, ondas de calor e noites quentes, aumento de doenças como malária, dengue e febre amarela, água contaminada, perturbações no organismo humano decorrentes das alterações climáticas, submersão de cidades litorâneas, aparição de ciclones e furacões nas regiões Sul e Sudeste, desertificação do Nordeste, perda de metade da área cultivável brasileira, extinção de espécies aquáticas, aumento de chuvas e tempestades, desaparecimento do mangue paulista, entre outras.

Amazônia pode virar Cerrado

O WWF-Brasil alerta para as graves conseqüências do aquecimento global e do desmatamento sobre a Amazônia. De acordo com uma revisão de artigos científicos sobre o assunto, as mudanças climáticas poderiam transformar a maior parte da floresta Amazônica em Cerrado, resultando em enormes impactos sobre a biodiversidade e o clima do planeta.


A rede WWF fez uma releitura dos artigos científicos já publicados sobre a Amazônia e as mudanças climáticas e chegou à conclusão de que os efeitos das mudanças climáticas projetam um ambiente mais quente e seco, o que provavelmente levará a uma redução substancial das chuvas em grande parte da região. Essas mudanças poderiam causar alterações significativas nos tipos de ecossistemas encontrados na região - de florestas tropicais para Cerrado - e, conseqüentemente, extinção de espécies em várias partes da Amazônia.


"As mudanças climáticas se apresentam como uma nova e considerável ameaça para a floresta Amazônica e sua biodiversidade. Esses ecossistemas possuem uma grande proporção da biodiversidade mundial: 12% de todas as plantas conhecidas são encontradas na região. Portanto, ameaças a ela representam ameaças à biodiversidade como um todo", afirma Denise Hamú, Secretária-Geral do WWF-Brasil. "O mundo precisa urgentemente avaliar os riscos e as vulnerabilidades da biodiversidade perante as mudanças climáticas e integrá-las nos seus esforços de conservação" alerta Denise.


De acordo com o trabalho da Rede WWF, a combinação das atividades humanas - tais como desflorestamento e exploração irracional de madeira - com as mudanças climáticas aumenta o ressecamento do solo e da floresta, debilita e causa a morte das árvores, que acabam servindo como combustível para os incêndios florestais.


Sem medidas efetivas, o aquecimento global e o desmatamento, segundo uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), poderia converter entre 30% e 60% da floresta Amazônica em Cerrado até 2050.


O clima no noroeste da América do Sul, incluindo a região Amazônica, já sofreu alterações nesse último século. Os registros das temperaturas médias mensais mostram um aquecimento de 0,5 a 0,8º C na última década do século XX.


"Estamos correndo sérios riscos de perder boa parte da maior floresta tropical do mundo, pois, com um aquecimento de alguns graus, o processo de desertificação será irreversível", afirma Carlos Nobre, cientista do INPE e Presidente do Programa Internacional de Geosfera e Biosfera (IGBP - International Geophere-Biosphere Program).


Os efeitos das mudanças climáticas podem também alterar o status atual da Floresta Amazônica de redutor de carbono para fonte emissora do gás de efeito estufa em patamares perigosos. "O desmatamento e os incêndios florestais são já responsáveis por quase 80% das emissões brasileiras dos gases causadores do efeito estufa. Isso torna o país o quarto maior emissor de carbono do mundo", lembra Giulio Volpi, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas da rede WWF para América Latina e Caribe.


Como o Brasil foi a sede da 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Biodiversidade (COP8), a rede WWF ressaltou que o governo deveria apresentar novas iniciativas no sentido de proteger a biodiversidade das mudanças climáticas. "A Conferência em Curitiba representa uma oportunidade internacional para que o presidente Lula anuncie um objetivo quantitativo de diminuição do desmatamento na Amazônia. Ao fazer isso, poderá reduzir maciçamente as emissões de gases de efeito estufa e ainda proteger uma das mais preciosas áreas em termos de biodiversidade", afirma Volpi.


O encontro em Curitiba representou, também, uma oportunidade única para que os países apresentem seus planos e propostas para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa devidos ao desmatamento tropical no âmbito da Convenção do Clima da ONU.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Histórico da Radioatividade

A construção do tubo de raios catódicos e a descoberta dos raios catódicos (elétrons) desencadearam a descoberta de uma nova área da física: a Radioatividade.


Nos anos seguintes à divulgação da descoberta dos raios catódicos, muitos cientistas reproduziram as experiências realizadas por J. J. Thomson, como acontecia normalmente quando se descobria algo de novo na época. Wilhem Conrad Roentgen, cujo interesse oscilava entre a física e a matemática, também realizou este experimento em seu laboratório em Würzburg, Alemanha.


Roentgen tentou observar um estranho fenômeno descrito pelo físico Philip Lenard: os raios catódicos que escapavam do tubo termiônico iluminavam uma superfície, a uma certa distância do tubo, que tinha recebido uma camada de material fosforecente. Era essa estranha fosforecência que Roentgen tentava duplicar, quando observou algo notável. Embora o tubo termoiônico de Roentgen estivesse inteiramente encerrado em papelão preto, ainda eram produzidos raios que iluminavam uma tela fosforescente fora dele. Mas o mais significativo era que esse fenômeno ocorria não importando se a superfície revestida [fosforescente], ou o outro lado, estivesse ou não voltados para o tubo de descarga. Segundo parecia, os raios eram dotados de um poder de penetração.


Roentgen imediatamente determinou que a fluorescência era causada por invisíveis raios originados de um vidro parcialmente evacuado, que Hittorf-Crookes tinham usado para estudar os raios catódios (eléctrons). Surpreendentemente, estes misteriosos raios atravessavam um papel preto e opaco colocado em frente ao tubo.
Percebendo a propriedade que estes raios tinham de atravessar materiais de densidade relativamente baixa, ele começou a realizar experiências com chapas fotográficas e descobriu que poderia usá-las para produzir fotos que eram sombras do interior dos objetos. Então, em 22 de dezembro de 1895, seis semanas após iniciar suas experiências, Roentgen usou os raios para "fotografar" a mão de sua esposa (ele fez isto para tirar a suspeita de sua esposa de que ele estaria traindo-a durante as noites em que dizia estar trabalhando.). O resultado foi uma imagem imprecisa, mas inconfundível, do esqueleto escuro da mão esquerda dela, com seus anéis fazendo um borrão escuro no quarto dedo.



Becquerel pensou em investigar se todos os corpos fosforescentes poderiam emitir raios similares. Ao investigar os materiais fosforescentes, descobriu evidências do que queria descobrir e apresentou ensaios à academia sustentando a idéia completamente falsa de que substâncias fosforescentes produziriam raios penetrantes, como os raios X.


Com esta idéia, ele iniciou suas investigações utilizando um composto à base de Urânio. Colocando o composto sobre uma chapa fotográfica, Becquerel exponha-os ao Sol por um período e, então, revelava a chapa. Assim, constatou que este material afetava a chapa de forma similar aos raios X.


Mas as investigações adicionais, de 26 e 27 de fevereiro, foram adiadas por causa do céu nublado de Paris e o Urânio, que Becquerel pretendia expor ao Sol, foi colocado em um envelope que ficou sobre a chapa dentro de uma gaveta. No primeiro dia de março, ele revelou a chapa fotográfica com a expectativa de obter uma imagem fraca e, para sua surpresa, a imagem foi clara e forte. Isto significou que o Urânio emitia radiação sem a necessidade de uma fonte de energia do tipo do Sol. Becquerel havia descoberto a Radioatividade, a espontânea emissão de radiação vinda de um material.


Depois, Becquerel demonstrou que a radiação emitida pelo Urânio compartilhava certas características como os raios X. Porém não era como os raios X, pois podia ser desviado por um campo magnético e, por essa razão, deveria ser composto por partículas carregadas. Por sua descoberta, Becquerel foi laureado, em 1903, com um Prêmio Nobel em Física.


Embora até o filho de Becquerel, Jean, tenha defendido que ele tenha "descoberto a radioatividade", não foi Becquerel quem deu esse nome ao fenômeno nem que explicou a sua origem. O físico Jean Perrin, olhando retrospectivamente para a história da radioatividade, notou que Becquerel foi "um prisioneiro da hipótese que lhe servira tão bem, inicialmente (de que todos os materiais fosforescentes emitiam algum tipo de radiação)". Antes que os raios de urânio pudessem ser entendidos, "um segundo grande passo teria de ser dado."


Após a divulgação das estranhas emissão de radiação vinda de alguns materiais, houve um pequeno período de grande interesse por este fenômeno e um intervalo de cinco anos sem maiores estudos. Até que, ao iniciar os estudos para obter seu doutorado, Marie Sklodowska-Curie interessou-se pelo fenômeno observado por Becquerel. A relativa negligência de Becquerel com relação aos raios uma das razões que fizeram Marie Curie decidir estudá-los, além de ser um excelente assunto para ser apresentado como tese de doutorado.


Marie e seu marido, Pierre, souberam desta estranha emanação e que ela ionizava o ar à volta do material. Sendo Pierre um mecânico telentoso, que preferia fazer sua própria aparelhagem (e o descobridor da piezoeletricidade: eletricidade obtida através de alta pressão em cristais), desenvolveram um método com o qual poderiam medir o quanto era radioativo uma amostra de material com relação a outra.


Através de seus trabalhos, Marie e Pierre descobriram e divulgaram a radioatividade de determinados materiais. Com esta descoberta muitas pessoas se interessaram pelas pesquisas neste campo. Destre estas pessoas, estava Ernest Rutherford, pupilo de J.J. Thomson.


Na época haviam duas teorias correntes: o ponto de vista corpuscular, ou atomístico, sustentava que a matéria era descontínua, composta por partículas distintas, extremamente pequenas. O outro ponto de vista postulava um éter contínuo, uma espécie de cola, que mantinha tudo junto e que existia, nas maiorias das versões, numa outra dimensão imprecisa.


Na época, pensar na teoria de Thomson seria sugerir que os elementos não são, em si, elementares. Isto, para a mente de Mendeleiev, era algo parecido com a alquimia.


Em seu primeiro ensaio escrito, Rutherford observou que as substâncias radioativas têm alto peso atômico e sua radioatividade parece ser independente de estados químicos (implicando atividade em altos níveis).


Com isto, não estava-se muito longe de responder como a radioatividade estava ligada à composição atômica. O que confundia era o fato de não haver fonte para a emissão desta energia.
Para compreender a explicação de Rutherford sobre a radioatividade, era preciso um salto de imaginação muito grande com relação a qualquer uma das duas explicações já existentes. Radioatividade é uma manifestação da desintegração dos núcleos atômicos. Quando o rádio emite radiação, está enviando partículas subatômicas: minúsculos elétrons e partículas maiores (embora extremamente pequenas) com cargas positivas, que hoje sabemos serem núcleos de hélio, bem como raios gama (onda eletromagnética de comprimentos de onda muito mais curtos do que a luz visível). Todos os elementos mais pesados, com se verifica, são inerentemente instáveis e se acham em contínua transmutação. Um átomo de urânio ou rádio repetidamente altera a si mesmo, algumas vezes após segundos ou minutos e, em outras vezes, após milhares de anos. Agora chamamos este processo de "decadência" e temos um conhecimento detalhado de cadeias de decadência. Por exemplo:


Urânio > Tório > Rádio > Radônio > Polônio > Chumbo


Como o decaimento era lento na maioria dos elementos que os Curie trabalhavam, e como a energia disponível no núcleo era enorme, os Curie e outros não conseguiram detectar qualquer mudança. E na verdade a mudança, a transmutação, é que causa a radiação.


Em 1903, os Curie e Becquerel deram contribuições decisivas, bem como também alguns pesquisadores alemães. Mas os grandes saltos teóricos da transmutação foram dados pelos britânicos e, particularmente, por Ernest Rutherford.


O primeiro passo foi dado por seu mentor, Thomson, quando propôs o elétron (1897). Em 1899, ele publicou um ensaio, onde afirmava o fato de que as emisões radioativas são compostas de ,no mínimo, dois tipos diferentes de "raios" (raios beta, que penetram através de grossas barreiras; e os raios alfa, que levavam uma carga bem maior mas não atravessavam nem mesmo uma fina barreira ).


Tempos depois, Pierre, Marie e Becquerel fizeram ensaios nos quais mostraram que os raios beta eram, de fato, idênticos às partículas com cargas negativa de Thomson.


Por suas investigações na desintegração dos elementos e a química das substâncias radioativas, Ernest Rutherford recebeu, em 1908, um prêmio Nobel de Química.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

ISOMERIA

1- Definição
Isomeria é o fenômeno de dois ou mais compostos apresentarem a mesma fórmula molecular (F.M.) e fórmulas estruturais diferentes.

Os compostos com estas características são chamados de isômeros (iso = igual; meros = partes).

Vamos estudar dois casos de isomeria: a isomeria plana e a isomeria espacial.

2- Isomeria Plana
Isômeros planos são os que diferem pelas fórmulas estruturais planas.

Existem vários tipos de isômeros planos:

2.1- Isomeria de Cadeia
São isômeros pertencentes a uma mesma função química com cadeias carbônicas diferentes.

- Cadeia normal X cadeia ramificada
Exemplo: F.M. C4H10 – n-butano e metilpropano.

- Cadeia aberta insaturada X cadeia fechada saturada
Exemplo: F.M. C3H6 – propeno e ciclopropano.

- Cadeia aberta insaturada X cadeia fechada insaturada
Exemplo: F.M. C3H4 – propino e propadieno e ciclopropeno.

- Cadeia homogênea X cadeia heterogênea
Exemplo: F.M. C2H7N – etilamina e dimetilamina.

2.2- Isomeria de Posição
São isômeros de mesma função química, de mesma cadeia carbônica e que diferem pela posição de um grupo funcional, radical ou insaturação.

- Diferente posição de um radical
Exemplo: F.M. C6H14 – 2-metilpentano e 3-metilpentano.

- Diferente posição de um grupo funcional
Exemplo: F.M. C3H8O – 1-propanol e 2-propanol.

- Diferente posição de uma insaturação
Exemplo: F.M. C4H8 – 1-buteno e 2-buteno.

2.3- Isomeria de Função
Os isômeros de função pertencem a funções diferentes.

Os três casos de isomeria funcional são:

- Álcool e Éter → CnH2n+2O
- Aldeído e Cetona → CnH2nO
- Ácido e Éster → CnH2nO2

Exemplos:
- F.M. C2H6O – etanol e metoximetano;
- F.M. C3H6O – propanal e propanona;
- F.M. C3H6O2 ácido propanóico e etanoato de metila.

2.4- Isomeria de Compensação ou Metameria
São isômeros de mesma função química, com cadeias heterogêneas, que diferem pela localização do heteroátomo nas cadeias.

Exemplos:
- F.M. C4H10O – metoxipropano e etoxipropano;
- F.M. C4H11N – metil-propilamina e dietilamina.

2.5- Tautomeria ou Isomeria Dinâmica
É um caso particular de isomeria funcional, pois os isômeros pertencem a funções químicas diferentes, com a característica de um deles ser mais estável que o outro.

Os isômeros coexistem em solução aquosa, mediante equilíbrio dinâmico no qual um isômero se transforma em outro pela transposição intramolecular simultânea de um átomo de hidrogênio e uma dupla ligação.

Exemplos:










3- Isomeria Espacial
Neste caso, os isômeros têm a mesma fórmula molecular e fórmula espacial diferente. Existem dois casos de isomeria espacial: Geométrica ou Cis – Trans e Óptica.

4- Isomeria Geométrica
Um composto apresenta isomeria geométrica ou cis-trans quando:

a) tiver dupla ligação carbobo-carbono, e

b) tiver ligantes diferentes a cada carbono da dupla ligação.

Os isômeros cis e trans diferem pela fórmula espacial. No isômero cis, os ligantes iguais ficam do mesmo lado do plano da dupla ligação. No isômero trans, os ligantes iguais ficam em lados opostos ao palno da dupla.Exemplo:
4.1- Condições para ocorrer isomeria geométrica em compostos de cadeia fechada (Bayeriana)Em pelo menos dois átomos de carbono do ciclo, devemos encontrar dois ligantes diferentes entre si.Exemplo:

5- Propriedades físicas e químicas dos isômeros geométricos

Os isômeros cis-trans apresentam propriedades físicas diferentes.As propriedades químicas dos isômeros cis-trans são iguais.

6- Isomeria Óptica

É um caso de isomeria espacial cujos isômeros apresentam a propriedade de desviar o plano de vibração da luz polarizada. 6.1- Condições:I- carbono assimétrico (C*)II- assimetria molecular (S) 6.2- Carbono Assimétrico (C*) ou QuiralUm carbono é assimétrico quando as quatro valências ou os quatro radicais forem diferentes.Exemplo:

6.3- Luz NaturalApresenta ondas eletromagnéticas em infinitos planos de vibração.
6.4- Luz PolarizadaÉ a luz que apresenta ondas eletromagnéticas vibrando num único plano.
6.5- Substâncias Opticamente Ativas (SOA)São as substâncias que desviam o plano de vibração da luz polarizada.
6.6- Substâncias Opticamente Inativas (SOI)São as que não desviam o plano de vibração de luz polarizada.
6.7- Substâncias DextrogirasSão as substâncias que desviam o plano da luz polarizada para a direita.
6.8- Substâncias LevógirasSão as substâncias que desviam o plano da luz polarizada para a esquerda.
6.9- Substâncias com 1 carbono AssimétricoToda substância que apresenta um carbono assimétrico tem dois isômeros espaciais: um dextrógiro e um levógiro.

Existem dois ácidos láticos espacialmente diferentes: o ácido lático dextrógiro e o levógiro. Enantiomorfos são isômeros cujas moléculas se comportam como objeto e imagem (antípodas ópticos).A mistura de dois enantiomorfos em proporções equimolares ou equimoleculares é chamada de racêmico.Aumentando o número de átomos de carbono assimétricos, temos um maior número de moléculas espacialmente diferentes.

6.10- Substâncias com dois átomos de carbono assimétricos diferentesTeremos quatro moléculas espacialmente diferentes: duas dextrógiras e duas levógiras.Exemplo:

SOA = 2n, sendo n o número de carbonos quirais.

SOI = 2n-1, isômeros racêmicos.

Portanto, na estrutura acima temos 2 dois carbono quirais (C*), então:

SOA = 2n = 22 = 4 isômeros ativos (d1l1 e d2l2)

SOI = 2n-1 = 22-1 = 2 racêmicos (r1,r2)

6.11- Substâncias com 2 átomos de carbono assimétricos iguaisTeremos 3 moléculas espacialmente diferentes: uma dextrógira, uma levógira e uma opticamente inativa chamada MESO

Neste caso teremos 4 isômeros:

SOA = dextrógira e levógira

SOI = recêmico e meso

O meso é inativo devido a uma compensação interna.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

SAIBA TUDO SOBRE O ENEM 2009

Qual a principal diferença entre o Enem tradicional e o novo Enem?

Até 2008, o Enem era uma prova clássica com 63 questões interdisciplinares, sem articulação direta com os conteúdos ministrados no ensino médio, e sem a possibilidade de comparação das notas de um ano para outro. A proposta é reformular o Enem para que o exame possa ser comparável no tempo e aborde diretamente o currículo do ensino médio. O objetivo é aplicar quatro grupos de provas diferentes em cada processo seletivo, além de redação. O novo exame será composto por perguntas objetivas em quatro áreas do conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias e matemáticas e suas tecnologias. Cada grupo de testes será composto por até 50 itens de múltipla escolha, aplicados em dois dias.

Por que mudar o Enem?

A grande vantagem que o MEC está buscando com o novo Enem é a reformulação do currículo do ensino médio. O vestibular nos moldes de hoje produz efeitos insalubres sobre o currículo do ensino médio, que está cada vez mais voltado para o acúmulo excessivo de conteúdos. A proposta é sinalizar para o ensino médio outro tipo de formação, mais voltada para a solução de problemas. Outra vantagem de um exame unificado é promover a mobilidade dos alunos pelo País. Centralizar os exames seletivos é mais uma forma de democratizar o acesso a todas as universidades.

Por que fazer o Enem 2009?

A média de desempenho obtida no Enem será imprescindível para pleitear uma vaga nas instituições de ensino superior que adotarem o exame como ferramenta de seleção, de maneira integral ou parcial. Além disso, o Enem continua a servir como referência para uma auto-avaliação sobre o ensino médio e qualidade do ensino, e sua nota continuará a ser critério de seleção de bolsas de estudo no Programa Universidade para Todos (ProUni).

Quem poderá participar do Enem 2009?

O Enem é voluntário, e podem participar alunos que concluem o ensino médio em 2009 ou aqueles que concluíram em anos anteriores.

É recomendável aos alunos que ainda não vão concluir o ensino médio neste ano fazer o Enem 2009?

Não. O Enem foi criado especificamente para os estudantes que estão no último ano ou que já concluíram o ensino médio. O Ministério da Educação aconselha que os alunos prestem o exame no período mais adequado, que é o ano de conclusão desse nível de ensino. Alunos de outras séries sempre terão oportunidade de se preparar para a prova analisando as edições anteriores do exame, que ficarão disponíveis na página do Inep/MEC imediatamente após sua aplicação.

Como serão as inscrições para o Enem 2009?

A logística de inscrições para o Enem 2009 ainda não está definida. A proposta inicial para o período de inscrições é de 15 de junho a 17 de julho.

Qual a taxa para inscrição no Enem 2009?

Alunos concluintes do ensino médio em escolas públicas se inscrevem ao Enem gratuitamente. Também são isentos de pagar taxa estudantes carentes da rede privada e estudantes que finalizaram os estudos em anos anteriores, desde que declarem situação de carência. Nas demais situações, o valor da taxa de inscrição é 35 reais, como no ano passado.

Qual o cronograma do Enem 2009?

As datas inicialmente previstas são:

Inscrições: 15 de junho a 17 de julho

­Realização da prova: 3 e 4 de outubro de 2009

Divulgação dos resultados das quatro provas de múltipla escolha: 4 de dezembro de 2009

Divulgação do resultado final, incluindo a redação: 8 de janeiro de 2010

Quem vai elaborar a nova prova do Enem 2009?

As provas do Enem sempre são elaboradas por especialistas do Inep, e assim também será em 2009. A elaboração exige domínio da tecnologia em avaliação educacional empregada, que é especializada e complexa, e na qual o Inep possui experiência de mais de dez anos – Teoria da Resposta ao Item (TRI). As diretrizes dessa prova – isto é, objetivos, conteúdos, enfim, o desenho – é que serão definidas pelo Comitê de Governança.

O que é o Comitê de Governança e quais suas atribuições no novo Enem?

A pedido da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), foi criado um Comitê de Governança. O Comitê tem entre suas responsabilidades discutir e acompanhar a elaboração do novo Enem e seu impacto no currículo do ensino médio. Fazem parte do Comitê de Governança representantes do Inep, do Ministério da Educação, da Andifes e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). As principais dúvidas e sugestões sobre o Novo Enem estão sendo estudadas em reuniões desse Comitê.

Como será a prova?

O novo exame será composto por testes em quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias e matemáticas e suas tecnologias. Cada grupo de testes será composto por no máximo 50 itens de múltipla escolha, aplicados em dois dias. O Inep/MEC já divulgou o conjunto de habilidades exigidas em cada área de conhecimento e os conteúdos específicos do currículo associados a elas. Veja aqui.

Qual será o tempo de duração das provas?

A proposta inicial é de até duas horas e meia para a realização das provas objetivas de cada área, e uma hora e meia para a redação.

As disciplinas abordadas pela prova do Enem terão pesos diferentes?

A prova do Enem trará quatro notas diferentes, uma para cada área do conhecimento avaliada. Não haverá diferenciação dos pesos. O que pode ocorrer é que, nos processos seletivos, as instituições utilizem pesos diferenciados entre as áreas para classificar os candidatos, de acordo com os cursos pleiteados.

As questões da prova terão pesos diferentes?

A nova prova do Enem será estruturada na metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI), que garante a comparabilidade das notas entre diferentes edições a partir da calibração do grau de dificuldade das questões. Dessa forma, diferentemente dos anos anteriores, as questões da prova do Enem serão distribuídas em graus diferenciados de complexidade. Isso significa que, no cálculo final da nota em cada área, as questões mais difíceis valem mais que as questões menos complexas.

Haverá questões regionais na prova do Enem?

Não. Nenhum exame do Inep/MEC contempla questões regionais. Todas as avaliações, como a Prova Brasil / Saeb, Enem etc., têm caráter nacional e devem garantir iguais condições de participação entre estudantes de qualquer lugar do País. Conteúdos regionais poderiam prejudicar estudantes entre as regiões diversas.

O Enem sempre foi uma avaliação diferenciada por priorizar a interpretação dos alunos em vez da chamada "decoreba". Essa característica será mantida?

Sim. A prova do Enem se diferencia das demais por ser estruturada em habilidades, incentivando o raciocínio e trazendo questões que medem o conhecimento dos alunos por meio de enfoque interdisciplinar. A nova prova vai manter essa característica, agregando às habilidades medidas um conjunto de conteúdos formais mais diretamente relacionado ao que é ministrado no ensino médio. Mas sem abandonar as questões contextualizadas, que exigem do estudante a aplicação prática do conhecimento, e não a mera memorização de informações.

Uma pessoa que não for bem no Enem 2009 terá a chance de fazer outra prova e melhorar a sua nota?

Sim, o aluno pode fazer o Enem quantas vezes quiser, mesmo que tenha concluído o ensino médio já há alguns anos.

Haverá mais de uma edição do Enem por ano?

A proposta inicial é a de que o Enem seja oferecido duas vezes por ano. O Enem 2009 será aplicado nos dias 3 e 4 de outubro, e uma nova edição deverá ser aplicada em março ou abril de 2010.

Como estudar para o novo Enem? Alunos que já estão se preparando para o vestibular tradicional serão prejudicados?

O novo Enem é estruturado levando em conta os conteúdos ministrados no ensino médio. A inovação é na forma de abordagem desses conteúdos, com foco no conjunto de habilidades que o aluno deve ter ao final do ensino médio, e não na mera acumulação de fórmulas e informações desvinculadas da aplicação. Ou seja, uma prova que valorize mais o raciocínio e não a chamada “decoreba”. Portanto, quem vem se preparando para uma prova tradicional de seleção e para o antigo Enem está preparado para o novo Enem.

A nova prova do Enem vai trazer questões sobre língua estrangeira?

O Comitê de Governança definiu que o Enem 2009 não trará questões de língua estrangeira. A partir da próxima edição da prova isso será abordado, e já consta da matriz de habilidades e conteúdos associados do Enem 2009.

O Inep/MEC vai disponibilizar um simulado com questões do novo Enem?

Sim. A previsão é que sejam disponibilizadas questões-modelo do novo Enem antes da aplicação da prova, em data a ser definida.

O Inep/MEC continuará a divulgar os resultados do Enem por escola?

Sim. Não está prevista nenhuma alteração na divulgação dos resultados dos alunos no Enem, por escola.

Para fazer o Enem o interessado já deve ter decidido o curso ou instituição onde pretende prestar o vestibular?

Não. As inscrições para o novo Enem devem começar já em junho, e a prova será realizada em outubro. Os processos seletivos das instituições de ensino superior só devem iniciar-se em meados de dezembro. Na inscrição para o processo seletivo é que o aluno decide a qual curso quer concorrer.

O SISTEMA DE SELEÇÃO UNIFICADA

Como será o sistema de seleção unificada?

O candidato a uma vaga no ensino superior poderá concorrer a cinco cursos ou instituições, mas apenas naquelas universidades que adotarem o Enem como única forma de ingresso. As instituições que optarem utilizar o Enem como única avaliação para selecionar os ingressantes participarão de um Sistema de Seleção Unificada, informatizado e online. Nesse sistema, as universidades informarão quantas vagas têm disponíveis para cada curso, e qual é o peso que cada uma das grandes áreas do conhecimento terá na nota final do aluno – linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação e língua estrangeira); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. O aluno que participou do Enem 2009 se inscreve no sistema, que calculará sua nota final, já com os pesos estabelecidos, e o aluno poderá simular inscrição em até cinco cursos ou instituições, durante todo o período em que o sistema ficar disponível na Internet. Caso a universidade decida utilizar o Enem como segunda fase ou com a nota do Enem agregada à nota de um vestibular próprio, a instituição deverá decidir e publicar as regras de inscrição e participação em seus editais. O Sistema de Seleção Unificada só será utilizado pelas instituições que escolherem o Enem como única forma de seleção.

A universidade que optar pelo Enem apenas na primeira fase da seleção pode participar do sistema de vestibular unificado?

Não. O Sistema de Seleção Unificada, informatizado e online, será aberto apenas às instituições/cursos que optarem por usar o Enem como fase única ou para preencher as vagas remanescentes ao fim da sua seleção.

Todas as instituições federais utilizarão o novo Enem como forma de seleção?

A expectativa do MEC é que todas instituições federais adotarão de alguma forma o novo Enem como seleção. Esse processo está sendo construído em parceria pelo Ministério da Educação, universidades, comunidade acadêmica e os gestores estaduais, sempre levando em conta a autonomia das universidades e das redes. O Comitê de Governança do novo Enem definiu o prazo de três anos para a consolidação do processo de seleção unificada. Nesse período, as instituições poderão compatibilizar o novo formato de seleção com as políticas afirmativas já adotadas pelas universidades e com outras modalidades de seleção. São quatro as possibilidades de se utilizar a nota do Enem: como fase única; como primeira fase; como fase única para as vagas remanescentes, após o vestibular; ou combinado ao atual vestibular da instituição. Neste último caso, a universidade definirá o percentual da nota do Enem a ser utilizado para a construção de uma média junto com a nota da prova do vestibular. Cada IES divulgará em seus editais em qual formato participará em cada curso. O Comitê também definiu que, durante o período de implementação do sistema, um grupo de pesquisa constituído pelo Inep monitorará a migração das instituições federais de ensino superior para o novo processo seletivo. A proposta é avaliar as mudanças ocasionadas pelo novo método de ingresso dos alunos e, nos casos em que for necessário, propor adequações e aperfeiçoamentos ao sistema.

As Universidades são obrigadas a utilizar o novo Enem de alguma forma?

Não. As universidades têm total autonomia para escolher qual é a ferramenta de seleção para acesso a seus cursos.

Tecnicamente, as mudanças na prova do Enem garantirão a comparabilidade das notas entre diferentes edições. Por quanto tempo valerá a nota do aluno para concorrer a uma vaga nos processos seletivos?

Essa é uma decisão ainda pendente, a ser tomada em conjunto com o Comitê de Governança.

Qual é o prazo final para as universidades federais decidirem se vão aderir ao novo Enem para os processos seletivos do ano de 2009?

O MEC anuncia até o fim deste mês quais as universidades federais adotarão o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério de ingresso. As universidades que utilizarão o exame como fase única de seleção deverão se manifestar até o dia 20 de maio. Essa data foi estabelecida pelo Comitê de Governança. Vencido o prazo, será realizada uma reunião entre os reitores dessas universidades e o Comitê, para o aperfeiçoamento das regras do Sistema de Seleção Unificada.

Quem já terminou o ensino médio há muito tempo pode fazer o Enem e participar do vestibular unificado?

Sim, o Enem continua sendo uma prova voluntária, aberta a todos os concluintes ou egresso do Ensino Médio.

Após o resultado do Enem, o vestibulando pode mudar a opção de curso?

Em qualquer uma das quatro possibilidades de se usar o Novo Enem como ferramenta de seleção para as universidades, o candidato só escolherá o curso depois do resultado do Enem.

Por que aplicar o novo modelo em 2009, já que algumas instituições já haviam inclusive elaborado o edital relativo ao próximo vestibular?

O MEC trata a implantação do novo Enem como uma ação educacional prioritária, por isso programou a realização do exame para o segundo semestre deste ano. As mudanças ocorrerão de forma gradativa e as instituições foram convidadas para participar da elaboração do novo sistema, inclusive, compondo o Comitê de Governança, instância decisória em relação à nova prova. E embora o novo Enem seja aplicado ainda este ano, as instituições terão tempo hábil para optar pela forma de adesão, parcial ou integral, sem que haja maiores prejuízos
NOVO ENEM

Norte
1 – Universidade Federal da Amazônia (UFAM) – A nota do Enem será usada como fase única para preencher 50% das vagas do processo seletivo. As outras 50% serão preenchidas por meio de avaliação seriada. O Enem também será usado para preencher vagas remanescentes.
2- Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) – Não utilizará o Enem nos processos seletivos de 2009 e 2010.
3 – Universidade Federal do Acre (UFAC) – Em fase de decisão
4 – Universidade Federal de Roraima (UFRR) – Em fase de decisão
5 – Universidade Federal de Rondônia (UNIR) – Em fase de decisão
6 – Universidade Federal do Tocantins (UFT) – Em fase de decisão
7 – Universidade Federal do Pará (UFPA) – Em fase de decisão
8 – Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) – Em fase de decisão

Região Centro-Oeste
1 - Universidade de Brasília (UnB) – Adotará o Enem no segundo vestibular de 2010. A modalidade a ser empregada será decidida este ano.
2 - Universidade Federal de Goiás (UFG) – Já utiliza 20% da nota do Enem na primeira fase do seu processo seletivo. Outras propostas de uso do Enem estão em discussão.
3 - Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) - Aprovado em 1a fase para 2009.
4 - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) – Em 2009, adotará o Enem como 1a fase e para o preenchimento de vagas remanescentes. Em 2010, adotará como fase única.
5- Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD) - Em 2009, adotará o Enem para o preenchimento de vagas remanescentes do vestibular. A instituição analisa a possibilidade de usar o exame para preencher parte das vagas ou todas em 2010.

Região Sudeste
1 – Universidade Federal do ABC (UFABC) – Adotará Enem como fase única e para o preenchimento de vagas remanescentes
2 – Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) – Em fase de decisão
3 – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Todos os cursos adotarão Enem pelo menos como 1a fase e para o preenchimento de vagas remanescentes.
4 – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) – O Enem será utilizado como fase única, já em 2009, para preencher 50% das vagas do processo seletivo e para as vagas remanescentes. A outra metade será preenchida por meio do vestibular seriado (nesta modalidade, a 3a etapa do vestibular seriado é a nota do Enem).
5 – Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – Adotará Enem como 1a fase em 2010.
6 – Universidade Federal de Viçosa (UFV) – A partir de 2009, o Enem comporá 50% da
nota final do vestibular e será adotado como critério para preencher as vagas
remanescentes.
7 – Universidade Federal Fluminense (UFF) – O Enem será utilizado para compor parte da nota da 1a fase. A nota do Enem também servirá como bônus de 10% a 15% para compor a nota da segunda fase de alunos das redes públicas.
8 – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) – Adotará o Enem como fase única já em 2009 e para o preenchimento das vagas remanescentes.
9- Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) – Aprovado em 1a fase para 2009
10- Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) – Adotará o Enem como fase única e para preencher vagas remanescentes
11 – Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – Em fase de decisão
12 – Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) – Adotará o Enem como 1a fase já em 2009.
13 - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – O aluno poderá optar entre usar a
nota do Enem na primeira fase ou fazer o vestibular tradicional. Utilizará o Enem para as vagas remanescentes.
14 – Universidade Federal de Lavras (UFLA) – O Enem será utilizado como fase única. A instituição também manterá o processo seriado de ingresso, em que a nota do Enem compõe a 3a fase, além de utilizar o exame para as vagas remanescentes.
15 – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Em fase de decisão para o processo seletivo de 2011.
16 – Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) – Já adota o Enem como 50% da nota da prova de Conhecimentos Gerais da 1a fase. Em fase de decisão para o processo seletivo de 2010.
17- Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) - 10% a 25 % das vagas (percentual em discussão) serão preenchidas pelo Enem, como fase única. Os alunos que quiserem poderão usar a nota para a primeira fase do processo seletivo. O exame será usado também para preencher as vagas remanescentes.
18 – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) - Adotará o Enem como fase única e para preencher vagas remanescente já em 2009.
19 – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Adotará o Enem como primeira fase.

Região Sul
1. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – (UFRGS): Em fase de decisão
2. Universidade Federal do Rio Grande – (FURG): Adotará o Enem como parte da nota (50%) e para vagas remanescentes;
3. Universidade Federal de Pelotas – (UFPEL): Adotará o Enem em fase única e para as vagas remanescentes a partir de 2009;
4. Universidade Federal de Santa Catarina – (UFSC): Em fase de decisão
5. Universidade Federal do Paraná (UFPR): Em fase de decisão
6. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM): Em fase de decisão
7. Universidade Tecnológica Federal do Paraná – (UTFPR): Adotará o Enem em fase única e discute adotar para vagas remanescentes;
8. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – (UFCSPA): Adotará o Enem em fase única e para o preenchimento de vagas remanescentes a partir de 2009.
9. Universidade Federal do Pampa – (UNIPAMPA): Adotará o Enem em fase única a partir de 2010 e discute adotar para vagas remanescentes;

Região Nordeste
1- Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF: Adotará o Enem em fase única e para vagas remanescentes a partir de 2009. 50% das vagas serão reservadas para estudantes de escola pública.
2 - Universidade Federal da Bahia – (UFBA): Adotará fase única para os quatro cursos de Bacharelado Interdisciplinar e o curso superior de tecnologia. Está em discussão o preenchimento de vagas remanescentes.
3- Universidade Federal do Maranhão – (UFMA): Adotará o Enem em fase única e para vagas remanescentes a partir de 2009.
4. Universidade Federal de Sergipe – (UFS): Em fase de decisão.
5. Universidade Federal do Piauí – (UFPI): Adotará fase única para 50 % das vagas de todos os cursos e para preencher vagas remanescentes a partir do processo de 2009.
6. Universidade Federal de Pernambuco – (UFPE): Adotará o Enem para 1a fase. Está em discussão o preenchimento de vagas remanescentes;
7. Universidade Federal Rural de Pernambuco – (UFRPE): Adotará o Enem em fase única e vagas remanescentes a partir de 2009.
8. Universidade Federal do Ceará – (UFC): Em fase de decisão
9. Universidade Federal da Paraíba – (UFPB): Em fase de decisão
10. Universidade Federal Rural do Semi-Árido – (UFERSA): Adotará o Enem em fase única e para o preenchimento de vagas remanescentes a partir de 2009;
11. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – (UFRN): Em fase de decisão
12. Universidade Federal de Alagoas – (UFAL): Em fase de decisão.
13. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – (UFRB): Em fase de decisão.
14. Universidade Federal de Campina Grande – (UFCG): Em fase de decisão.

Universidades Novas (PLs em tramitação no Congresso Nacional)
1.Universidade Federal da Integração Latino-Americana-UNILA: Adotará o Enem em fase única. A operacionalização do processo está em discussão;
2. Universidade Federal da Integração Amazônica – UNIAM: Adotará o Enem em fase única;
3. Universidade Luso Afro-Brasileira- Universidade-UNILAB: Adotará o Enem em fase única. A operacionalização do processo está em discussão;
4. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS: Adotará o Enem em fase única. Aluno de escola pública terá bônus.

terça-feira, 3 de março de 2009

NÚMERO DE OXIDAÇÃO

- Exercicios -

01) (CESGRANRIO) Assinale, entre as opções abaixo, a fórmula do composto no qual o fósforo está no maior estado de oxidação:
a) H3PO3 b) H2PO3 c) H3PO2 d) H4P2O5 e) HPO3

02) (CESGRANRIO) Dado o grupo de compostos clorados apresentados a seguir, os números de oxidação do Cl são, respectivamente:
KClO4 Mg(ClO3)2 NaClO AlCl3 Cl2
a) +7, +6, +2, +1, 0 d) +5, +3, +1, -3, 0
b) +7, +5, +1, -1, 0 e) +3, -3, +1, -1, 0
c) +7, +5, -1, -1, -1

03) (FUVEST) Na reação de óxido-redução:
H2S + I2 S + 2HI
as variações dos números de oxidação do enxofre e do iodo são, respectivamente:
a) +2 para zero e zero para +1. d) zero para -1 e -1 para zero.
b) zero para +2 e +1 para zero. e) -2 para zero e zero para -1.
c) zero para -2 e -1 para zero.

04) (VUNESP) Os números de oxidação do nitrogênio nos compostos Na3N, NH4Cl, KNO2 e Ca(NO3)2 são, respectivamente:
a) -1, +5, +2, +5 d) +3, -4, +1, +3
b) +3, +1, -5, -3 e) nenhuma das alternativas anteriores.
c) -3, -3, +3, +5

05) (VUNESP) Os números de oxidação do crômio e do manganês nos compostos CaCrO4 e K2MnO4 são, respectivamente:
a) +2 e +2 b) -2 e -2 c) +6 e +7 d) +6 e +6 e) -6 e -6

06) (UFRN) Os números de oxidação do enxofre nos compostos H2S, H2SO4, SO2 são, respectivamente:
a) 0, +6, +4 d) -1, +4, +2
b) +2, -6, -4 e) +1, -6, -2
c) -2, +6, +4

07) (FESP-PE) O alúmen de ferro amoniacal é um sal duplo de fórmula Fe2(SO4)3 . (NH4)2SO4 . 24H2O. O número de oxidação do nitrogênio neste composto é:
a) +2 b) +3 c) -3 d) +5 e) -5

08) (PUC-SP) Escolha a espécie na qual o oxigênio possui número de oxidação -1:
a) H3O+ b) H2O c) K2O d) H2O2 e) NO3-

09) (UnB-DF) Os estados de oxidação do manganês nos óxidos MnO, MnO2, Mn2O7 são respectivamente:
a) +2, +3, +9 c) +2, +4, +7
b) -2, -4, -7 d) +2, +4, +14

10) (UECE) A soma algébrica dos números de oxidação do iodo nas seguintes substâncias NaIO, NaI, NH3IO3 e I2 é:
a) 3 b) 4 c) 6 d) 5

11) (SANTA CASA-SP) Nos íons NH4+ e NH2-, os números de oxidação do nitrogênio são respectivamente:
a) +1 e -1 b) -3 e -3 c) +3 e +3 d) -4 e +2 e) +4 e -2

12) (ITA-SP) O número de oxidação do halogênio nas espécies químicas HF, HBrO2, HIO3, ClO3 e ClO4- é respectivamente:
a) -1, -4, -6, -6, -7 d) +1, -3, -5, -6, -7
b) -1, +3, +5, +6, +7 e) -1, +3, +6, +6, +7
c) +1, +2, +3, +3, +4

13) (MACK-SP) O número de oxidação do P, N, O, Mn, marcados nas substâncias abaixo, é respectivamente:
Ca3(PO4)2 ; Zn(NO2)2 ; H2O2; KMnO4
a) +3, +6, -2, -2 d) +5, +2, -1, +3
b) +4, +1, 0, +6 e) +10, +6, -2, +2
c) +5, +3, -1, +7

14) (VUNESP-SP) Os números de oxidação do crômio e do manganês nos compostos CaCrO4 e K2MnO4 são, respectivamente:
a) +2 e +2 b) -2 e -2 c) +6 e +7 d) +6 e +6 e) -6 e -6

15) (UNICAP-PE) No íon nitrato (NO3)- o número de oxidação do nitrogênio vale:
a) -1 b) -2 c) +1 d) +5 e) +6