terça-feira, 31 de março de 2015

domingo, 29 de março de 2015

Mais duro que diamante

Fulerita Pesquisadores russos desenvolveram um processo capaz de sintetizar um material ultraduro - com uma dureza superior à do diamante. O material é chamado fulerita, um polímero composto por fulerenos, moléculas esféricas feitas inteiramente de carbono. Os fulerenos, também conhecidos como buckballs ou Carbono 60, já haviam sido adicionados ao alumínio, produzindo uma liga tão dura quanto o aço. Os diamantes naturais têm uma dureza entre 70 e 150 gigapascals (GPa), mas a fulerita fabricada segundo o novo processo atinge durezas que vão dos 150 aos 300 GPa. Amorfo e cristalino O quebradiço carvão, o escorregadio grafite e o valioso diamante são todos formados por carbono. A diferença entre eles está na estrutura cristalina - o arranjo preciso dos átomos de carbono no diamante, por exemplo, faz dele o material natural mais duro que se conhece. Agora, contudo, cientistas descobriram uma nova forma de carbono ainda mais dura do que o diamante. Ao ser sintetizada, a nova substância riscou o diamante da bigorna usada no experimento. Depois de estudar o material, Lin Wang e seus colegas da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, concluíram que ele é formado por uma mistura de fases cristalina e amorfa. O novo material tem um variado campo potencial de aplicações, nas áreas de mecânica, eletrônica e eletroquímica. Carbono híbrido Esta é a primeira vez que se observa uma estrutura híbrida de carbono, mesclando uma bem ordenada fase cristalina com aglomerados amorfos, quando os átomos não seguem um padrão regular. Os cientistas começaram o experimento com o carbono-60, também conhecido como buckball, uma estrutura oca formada por 60 átomos de carbono. Os espaços entre essas nanobolas de carbono foram preenchidos com um solvente orgânico chamado xileno. A mistura foi colocada em uma bigorna de diamante, um dispositivo usado para submeter amostras a pressões muito grandes. Conforme a pressão foi aumentando, as esferas de carbono-60 começaram a colapsar, criando aglomerados amorfos de carbono. Contudo, como esses novos aglomerados amorfos continuaram ocupando o lugar em que estavam originalmente, criou-se uma rede cristalina cujos elementos constituintes são blocos amorfos

domingo, 15 de março de 2015

segunda-feira, 2 de março de 2015

Bafômetro

 
          Esse "pega-bêbado tecnológico" usa o álcool presente no hálito para calcular se a pessoa passou dos limites etílicos. Mas não pense que dá para enganar o aparelho mascando chiclete, tomando café ou comendo cebola. Não é o cheiro que ativa o bafômetro, mas a simples presença do etanol (nome científico do álcool) no ar exalado pelos pulmões. "A maior parte do álcool é metabolizada no fígado, mas de 5% a 10% são eliminados por outras vias, como o ar, a urina e o suor". Por várias décadas, os tiras usaram um bafômetro descartável, um tubo plástico que continha uma substância que reagia em contato com álcool, adquirindo uma coloração em tons de verde ou azul, dependendo do grau de embriaguez. Hoje, bafômetros modernos usam células de combustível, que produzem correntes elétricas de acordo com o nível de álcool - quanto mais etanol, maior a corrente. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, dirigir sob a influência de álcool em nível superior a 0,6 grama por litro de sangue é infração gravíssima. Para chegar a esse grau de manguaça, uma pessoa de 70 quilos precisa ter bebido pelo menos três copos de 250 mililitros de cerveja. Para verificar se uma pessoa está dirigindo embriagada existe o teste do bafômetro, que faz essa detecção exatamente pelo ar expirado. Seu princípio de funcionamento baseia-se em reações de oxidorredução.  

           Visto que o dicromato possui uma cor alaranjada e o cromo uma cor verde; se a pessoa assoprar no tubo e houver a mudança da cor, isso indicará que a pessoa está com álcool no sangue acima do permitido. Quanto mais intensa for a cor verde, maior é o teor de álcool no sangue. Abaixo isso é mostrado de acordo com o que é estabelecido nos países que possuem uma legislação mais rigorosa do que a do Brasil
          Mas os instrumentos usados pelos policiais rodoviários são bafômetros mais sofisticados, que podem ser de dois tipos; veja cada um: 

Detector-medidor eletroquímico: esse tipo de bafômetro é baseado no princípio da pilha de combustível, porque haverá a combustão incompleta do etanol. A pessoa sopra através de um tubo descartável e o etanol expirado é oxidado em meio ácido sobre um disco plástico poroso coberto com pó de platina (catalisador) e umedecido com ácido sulfúrico, sendo um eletrodo conectado a cada lado desse disco poroso.
   

Modelo Taguchi: esse bafômetro possui um sensor semicondutor, seletivo para o etanol, constituído basicamente de óxido de estanho com várias impurezas e aquecido a 400 °C. Nessas condições, quando o etanol entra em contato com tal sensor, ele é imediatamente oxidado, ocorrendo uma mudança característica na resistência/condutância do sensor. Essa é medida como voltagem, que é proporcional à concentração de álcool no sangue.

 

Digo o que tu bebes

 
Do sopro ao resultado: tudo sobre o bafômetro
Sopre aqui...
          É necessário 1 litro e meio de ar para fazer a medição, um sopro de cerca de 5 segundos. Bem fácil, a menos que você seja um fumante inveterado.
Você dá um gole e, em poucos segundos, o álcoolcomeça a ser absorvido pelo estômago, cai na corrente sanguínea e passa em forma de vapor para os pulmões. O processo inverso é bem mais longo. Veja quanto tempo, em média, uma dose leva para desaparecer do seu corpo:
Um copo de cerveja (350 ml) - 1 hora
Uma dose de pinga, tequila ou uísque (50 ml) - 1 h e 15 min
Uma dose de vinho (150 ml) - 1 h e 25 min
...E seja o que deus quiser!
• 0,1 mg de álcool por litro de baforada corresponde a 2 dg da substância por litro de sangue. Para atingir essa concentração, basta uma tulipa de chope ou uma taça de vinho.
• A margem de erro do aparelho é de 0,007 mg/l (para quantidades menores de 0,4 mg/l), ou seja, cerca de 1%, segundo o Inmetro.

Dá pra enganar o bafômetro?

  • Técnica 1: tomar azeite
Teoria: Disfarçar o hálito alcoólico.
Resultado: 0,18 mg/l.
Conclusão: Não funciona.

  • Técnica 2: mascar chicletes
Teoria: Disfarçar o hálito.
Resultado: 0,18 mg/l.
Conclusão: Pode enganar a namorada, mas não o bafômetro

  • Técnica 3: encher a boca de carvão ativado
Teoria: Como é muito poroso, o carvão absorveria as moléculas voláteis de álcool na boca, antes que ele chegasse ao aparelho.
Resultado: 0,16 mg/l.
Conclusão: Funciona pouco. Não o suficiente para evitar uma perda de carteira.

  • Técnica 4: hiperventilação
Teoria: Inspirar muito ar e depois expirar tudo, repetidas vezes, com força e velocidade, por 20 segundos, aumentaria a concentração de oxigênio nos pulmões, diminuindo a concentração de álcool na baforada.
Resultado: 0,12 mg/l.
Conclusão: Reduz em quase 25% a concentração momentânea do álcool nos pulmões. Mas não se engane: essa variação dura pouco e só salva quem bebeu um copinho de cerveja. Se for mais que isso, a multa e a apreensão vêm do mesmo jeito.


         O álcool é a causa de aproximadamente 80 mil mortes por ano no continente americano e o Brasil é o quinto país com maior número de óbitos ligados ao consumo de bebidas, aponta estudo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
          Na maioria dos países, as doenças hepáticas foram a principal causa dessas mortes, seguidas de transtornos neuropsiquiátricos. Segundo os autores, a pesquisa só mostra “a ponta do iceberg de um problema maior”.
         As taxas de mortalidade por consumo de álcool variam entre os países: as mais altas são as de El Salvador (uma média de 27,4 em 100 mil mortes por ano), Guatemala (22,3) e Nicarágua (21,3), México (17,8) e, em quinto lugar, do Brasil (12,2 para 100 mil mortes por ano).