segunda-feira, 28 de abril de 2008

Local da Aprovação




Niels Bohr e o Luminol




Ficção ou Química?





Introdução
Existe muita tecnologia inverossímil em programas e filmes policiais: computadores que podem ampliar e realçar uma porção minúscula da cena de um vídeo; máquinas que podem isolar uma voz de fundo em uma gravação abafada em questão de segundos. Quase tudo isto é pura ficção, inventada para tornar a trama mais empolgante. Mas um dos recursos mais interessantes da polícia, um produto químico especial que faz aparecer traços de sangue invisíveis, é completamente real.
Neste artigo, descobriremos como este composto, conhecido como luminol, revela cenas ocultas do crime. Como veremos, este produto químico é incrível, mas possui algumas desvantagens e limitações que não são geralmente mostradas na TV.

O que o luminol faz?
Grande parte da investigação da cena do crime, também chamada criminalística, é baseada na noção de que nada desaparece sem deixar uma pista. Isto é particularmente verdadeiro no caso de vítimas de crimes violentos. O assassino pode se livrar do corpo da vítima e limpar as manchas de sangue, mas sem alguns produtos químicos de limpeza pesada sempre haverá algum resquício. Minúsculas partículas de sangue se prenderão às superfícies que foram atingidas há anos, sem que ninguém jamais saiba que estavam ali.
O princípio do luminol é revelar estes traços com uma reação química geradora de luz entre diversas substâncias químicas e a hemoglobina, a proteína portadora do oxigênio no sangue. As moléculas se quebram e os
átomos rearranjam-se para formar diferentes moléculas. Nesta reação em particular, os reagentes (moléculas originais) têm mais energia que os produtos (moléculas resultantes). As moléculas se livram da energia extra sob a forma de fótons de luz visível. Este processo, geralmente conhecido como quimiluminescência , é o mesmo fenômeno que faz com que os vaga-lumes e os bastões luminosos brilhem.
Os investigadores pulverizam uma área suspeita, apagam as luzes, fecham as cortinas e procuram por uma luz verde ou azulada. Se houver traços de sangue na área, essas luzes aparecerão.

A reação química
O produto químico principal nesta reação é o luminol (C8H7O3N3), composto em pó feito de nitrogênio, hidrogênio, oxigênio e carbono. Os criminalistas misturam o pó de luminol com um líquido contendo peróxido de hidrogênio (H2O2), um hidróxido (OH-) e outros produtos químicos e despejam o liquido em um borrifador. O peróxido de hidrogênio e o luminol são os principais agentes da reação química, mas para que produzam um brilho forte, precisam de um catalisador para acelerar o processo. A mistura detecta a presença desse catalisador, no caso o ferro contido na hemoglobina.
Para executar um teste com luminol, os criminalistas pulverizam a mistura em qualquer lugar onde pode haver sangue. Se a hemoglobina e a mistura de luminol entram em contato, o ferro na hemoglobina acelera a reação entre o peróxido de hidrogênio e o luminol. Nesta reação de oxidação (em inglês), o luminol perde átomos de nitrogênio e hidrogênio e adquire átomos de oxigênio, resultando em um composto denominado 3-aminoftalato. A reação deixa o 3-aminoftalato em um estado de energia mais elevado, pois os elétrons dos átomos de oxigênio são empurrados para orbitais mais elevados. Os elétrons retornam rapidamente para um nível de energia menor, emitindo a energia extra em forma de um fóton de luz . Com o ferro acelerando o processo, a luz brilha o suficiente para ser vista em um ambiente escuro.
Os detetives podem usar outros produtos químicos quimiluminescentes, como a fluorescina, no lugar do luminol. Estes produtoss funcionam basicamente da mesma maneira, mas o procedimento é um pouco diferente.

Investigação
Como os investigadores usam o luminol Se o luminol revelar traços aparentes de sangue, os investigadores irão fotografar ou filmar a cena do crime para registrar a amostra. Normalmente, o luminol apenas mostra aos detetives que pode haver sangue na área, já que outras substâncias, inclusive água sanitária doméstica, podem fazer com que o luminol brilhe. Os investigadores experientes podem fazer uma identificação confiável baseada na velocidade em que a reação ocorre, mas ainda precisam fazer outros testes para verificar se realmente se trata de sangue humano.
O luminol sozinho geralmente não resolve um caso de assassinato. É apenas mais um passo no processo investigativo. Mas ele pode revelar informações essenciais para fazer com que uma investigação possa avançar. Amostras ocultas de sangue, por exemplo, podem ajudar os investigadores a localizar o ponto de ataque e até que tipo de arma foi usada (uma bala faz o sangue espirrar de maneira diferente de uma faca). O luminol pode também revelar leves marcas de sangue em sapatos, proporcionando aos detetives dados valiosos sobre o atacante e o que ele pode ter feito depois do ataque.
Em alguns casos, o luminol pode conduzir os investigadores a mais evidências. Se ele detecta traços de sangue em um tapete, por exemplo, os detetives provavelmente puxarão o tapete para descobrir sangue visível nas tábuas do assoalho.
O luminol é uma ferramenta definitivamente valiosa para o trabalho da polícia, mas não é predominante para a investigação do crime, como mostram alguns programas de TV. A polícia não vai entrando na cena do crime e pulverizando cada superfície visível. O problema com o luminol é que a reação química pode destruir outras evidências na cena do crime. Por esta razão, os investigadores apenas usam luminol após explorarem as outras opções.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Termoquímica 100 complicação - parte 1

Parte 1 da Termoquímica:
1 - Calor: é a tranferência de energia entre dois ou mais corpos de temperaturas diferentes.

2 - Equilíbrio térmico: é o momento em que a temperatura entre os corpos são iguais, pois houve tranferência de calor do corpo de maior temperatura(energia) para o de menor temperatura(energia).
3 - Entalpia(H): Descreve a energia interna total(global, universal) de um sistema.
4 - Variação de Entalpia(DH, como o delta não está funcionando usarei a letra "D"): É calor liberado ou absorvido quando uma transformação ocorre sob pressão constante.
DH = Hp(entalpia do produto) - Hr(entalpia do reagente)

A Termodinâmica química, também chamada de Termoquímica, é o ramo da química que estuda o calor envolvido nas reações químicas. A maioria das reações químicas ocorre produzindo variações de energia, que freqüentemente se manifestam na forma de variações de calor. A termoquímica ocupa-se do estudo quantitativo das variações térmicas que acompanham as reações químicas. Essas reações são de dois tipos:

1 - Reações exotérmicas: são as que liberam calor para o meio ambiente.
Exemplos
a) combustão (queima) do gás butano, C4H10
C4H10(g) + 13/2 O2(g) => 4 CO2(g) + 5H20(g) + calor

b) combustão do etanol, C2H60:
C2H60(l) + 3O2(g) => 2 CO2(g) + 3 H2O(g) + calor
Na equação química, o calor é representado junto aos produtos para significar que foi produzido, isto á, liberado para o ambiente durante a reação.

1.1 - O DH fica negativo, ou seja, com valor menor que zero.

1.2 - O Hr é maior que o Hp

ex.: H2(g) + Cl2(g) => 2 HCl(g), DH= -184,9 kJ








2 - Reações endotérmicas: as que para ocorrerem retiram calor do meio ambiente.
Exemplos
a) decomposição da água em seus elementos:
H20(l) + calor => H2(g) + 1/2 O2(g)

b) fotossíntese:
6 CO2(g) + 6 H20(l) + calor => C6H12O6(aq) + 6 O2(g)

Na equação química, a energia absorvida á representada junto aos reagentes, significando que foi fornecida pelo ambiente aos reagentes.

2.1 - O DH fica positivo, ou seja, com valor maior que zero.

2.2 - O Hr é menor que o Hp

ex.:H2(g) + I2(g) => 2 HI (g), DH = + 51,8 kJ








Fatores que influem o DH

- Quantidade de reagentes e produtos: o valor do de uma reação varia em função da concentração de cada um de seus participantes. O aumento da concentração provoca um aumento proporcional da variação de entalpia.

- Os estados físicos dos reagentes e produtos: substâncias no estado sólido provocam variações de entalpia maiores do que no estado líquido; e estas, maiores do que no estado gasoso.

- Estado alotrópico de reagentes e produtos: cada estado alotrópico tem um valor de entalpia distinto.

Formato do Anel Aromático

O Sonho de Kekulé

Eu estava sentado à mesa a escrever o meu compêndio, mas o trabalho não rendia; os meus pensamentos estavam noutru sítio. Virei a cadeira para a lareira e comecei a dormitar. Outra vez começaram os átomos às cambalhotas em frente dos meus olhos. Desta vez os grupos mais pequenos mantinham-se modestamente à distância. A minha visão mental, aguçada por repetidas visões desta espécie, podia distinguir agora estruturas maiores com variadas conformações; longas filas, por vezes alinhadas e muito juntas; todas torcendo-se e voltando-se em movimentos serpenteantes. Mas olha! O que é aquilo? Um das serpentes tinha filado a própria cauda e a forma que fazia rodopiava troscistamente diante dos meus olhos. Como se se tivesse produzido um relâmpago, acordei;... passei o resto da noite a verificar as consequências da hipótese. Aprendamos a sonhar, senhores, pois então talvez nos apercebamos da verdade." - Augusto Kekulé, 1865.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Aulas 100 10espero

9117-9609/9117-9609/9117-9609/9117-9609/

domingo, 20 de abril de 2008

Modelos Atômicos


Musica sobre Modelos Atômicos
no rítmo da música Sozinho de Caetano Veloso

Atomística

Demócrito e Leucipo a noite
Eu fico imaginando os dois
Eu fico com MATERIA acordado
Pensando
Na descontinuidade e o depois
Por que a partícula e indivisível?
Por que Aristóteles não quis assim?
To com a matéria continua agora

O átomo do Dalton agora e o dono
Pois e indivisível cai bem
Eu sei que e uma esfera gitinha
Maciça
Impenetrável pra mais ninguém
Por que e indestrutível e não some?
E se for pra sinuca de alguém?
E se são idênticos quem ganha?

O átomo de Thomson
Descontinuo a gente cuida
Esfera n
ão maciça
Pudim de passas pra fora
elétron são partículas
Entre cargas positivas (átomo)
O que você e agora?

O de Rutherford
E núcleo positivo, alfa.
Sistema solar
Núcleo e eletrosfera pra fora
Núcleo bem gitinho
Com toda massa pura (átomo)
O que você e agora?

sábado, 19 de abril de 2008

AULAS DE QUÍMICA


Para você que não sabe mais a quem recorrer...................9117-9609

O PLÁTICO E A SUA SAÚDE



Bisfenol A

Por muitos anos, o bisfenol A (BPA) tem sido uma das substâncias químicas de maior produção ao redor do mundo, alcançando 2,7 milhões de toneladas em 2003.53 É uma matéria-prima industrial empregada na produção de polímeros e como estabilizante em plásticos à base de cloreto de polivinila (PVC),22,46 presentes em muitos itens, como: latas de conserva revestidas internamente com filme de polímero, lentes de óculos, materiais automotivos, mamadeiras, garrafas de água mineral, encanamentos de água de abastecimento, adesivos, CDs e DVDs, etc.32

A descoberta de que o BPA apresenta atividade estrogênica intensa ocorreu acidentalmente, quando pesquisadores verificaram que, ao serem autoclavados, os tubos plásticos de policarbonato, empregados em seus experimentos, liberavam na água essa substância – que, na concentração de 5,7 ppb, ocasionou estímulo da proliferação de células de câncer de mama (MCF-7).25

Em experimentos realizados com ratos e camundongos, a exposição fetal ao BPA ocasionou a alteração da morfologia de diversos órgãos dos animais adultos, como útero e vagina,33 glândulas mamárias12,31 e próstata54.

A exposição contínua (por 24 horas) de células de pâncreas a uma solução contendo BPA (10 ppb), ocasionou a secreção de insulina acima do nível normal1 e foi observado que, após quatro dias, a administração de BPA (10 g/kg/dia) fez com que ratos adultos desenvolvessem hiperinsulinemia, o que aumenta os riscos de desencadeamento de diabetes melitus do tipo 2 e hipertensão.3

A administração de BPA a ratas grávidas e seus filhotes recém-nascidos induziu-os à obesidade e também resultou em mudanças no comportamento (hiperatividade, aumento da agressividade, reação alterada para estímulos de dor ou medo, problemas de aprendizagem e alteração do comportamento sócio-sexual).13,52

Em testes realizados em laboratórios, o BPA foi detectado: na saliva, em quantidades suficientes para estimular a proliferação de células de câncer de mama (MCF-7), uma hora após os pacientes terem sido tratados com selador dentário à base de resina derivada do BPA;36 nos líquidos das latas de conservas de alimentos revestidas por resina contendo BPA, que estimularam a proliferação das células MCF-7;8 em amostras de leite;10 em galões de policarbonato utilizados como embalagens de água mineral;4 em mamadeiras de policarbonato, sob condições semelhantes àquelas do uso normal;7 no soro das parturientes e dos fetos humanos.56

Produtos derivados do BPA, como o bisfenol B (BPB), bisfenol F (BPF), bisfenol AD (BPAD), bisfenol AF (BPAF), tetrametilbisfenol A (TMBPA) e 3,3´-dimetilbisfenol A (DMBPA), amplamente empregados como retardadores de chama e como aditivos em muitos materiais plásticos,32 apresentaram significativa atividade estrogênica frente a células de câncer de mama MCF-7 e foram capazes de interferir na atividade hormonal da tireóide, na ordem de concentração menor do que 1 M.24Ftalatos

Os ftalatos (ésteres do ácido 1,2-benzenodicarboxílico) representam uma classe de materiais produzidos industrialmente em larga escala. Os mais pesados, como os ftalatos de di-(2-etil)hexila (DEHP), de di-isononila (DiNP) e o de di-isodecila (DiDP), são utilizados em materiais de construção, móveis, roupas e, principalmente, para dar flexibilidade ao PVC. Aqueles com pesos moleculares relativamente baixos, como o ftalato de dimetila (DMP), o de dietila (DEP) e o de dibutila (DBP), tendem a ser utilizados em solventes e em adesivos, tintas, cosméticos, ceras, inseticidas e produtos farmacêuticos e de uso pessoal. O ftalato de benzilbutila (BBP) é um plastificante muito utilizado na confecção de pisos poliméricos, em materiais plásticos à base de celulose, acetato de polivinila, poliuretanas e polisulfetos, em couros sintéticos, cosméticos, como agente dispersante em inseticidas, repelentes e perfumes, entre muitos outros produtos. Devido ao seu amplo emprego, a exposição aos ftalatos pode alcançar tanto pessoas quanto animais domésticos e selvagens, por ingestão, inalação, absorção pela pele ou por administração intravenosa.46

Brinquedos, mamadeiras e outros utensílios de material plástico representam uma fonte potencial de contaminação das crianças por ftalatos. Em estudos realizados nos Estados Unidos, foi estimada em 40 a 173 g/kg de massa corporal/dia a quantidade de DiNP absorvida pelas crianças ao colocarem brinquedos e outros materiais plásticos na boca.38

Bolsas e mangueiras de PVC contendo DEHP são empregados no tratamento de pacientes para a administração intravenosa de fluidos, fórmulas nutritivas, sangue e também para a hemodiálise e o fornecimento de oxigênio. Foi descrito que, por exemplo, durante a transfusão de sangue, os pacientes adultos recebem entre 8,5 e 3,0 mg/kg de massa corporal/dia e os recém-nascidos, entre 0,3 e 22,6 mg/kg de massa corporal/dia, de DEHP.38

Em estudo realizado em 2006, visando a avaliação da qualidade das águas destinadas ao abastecimento público na região de Campinas (SP), foi revelado que, dentre as substâncias monitoradas, os seguintes hormônios e disruptores endócrinos foram freqüentemente detectados: dietil e dibutilftalato (0,2-3 ppm), etinilestradiol (1-3,5 ppm), progesterona (1,2-4 ppm) e bisfenol A (2-64 ppm). Amostras de esgoto bruto e tratado também apresentaram concentrações muito próximas daqueles EDs, indicando a ineficiência do tratamento empregado na estação de tratamento de esgotos para a sua remoção.17

A toxicidade de certos ftalatos está relacionada ao desenvolvimento do sistema reprodutivo de roedores do sexo masculino: os fetos são mais sensíveis do que os recém-nascidos, e esses, mais vulneráveis do que os animais adolescentes e adultos. Em particular, a exposição dos machos ainda no período intra-uterino ao DBP, ao BBP e ao DEHP, resulta em uma síndrome de anormalidades reprodutivas, danos aos testículos, além de mudanças permanentes (feminização).14,15,18

Também foi observado que a administração de uma dose única dos ftalatos de diciclohexila (DCHP), DBP e DEHP a ratos com cinco dias de idade, resultou em intensa interferência no desenvolvimento do cérebro, resultando em hiperatividade.20

Em um estudo prospectivo realizado nos Estados Unidos, foi revelado que mulheres apresentando monoetilftalato (MEP), monobutilftalato (MBP), monobenzilftalato (MBzP) e monoisobutilftalato (MiBP) na urina, durante a gravidez, tiveram bebês do sexo masculino com uma distância ano-genital (AGD) menor do que a esperada. Considerando que a AGD é aplicada em estudos de toxicologia com roedores como um biomarcador sensível para a masculinização, esse estudo comprovou que os ftalatos apresentam atividade antiandrogênica também em seres humanos.49

Em estudos de 2005 e 2006, encontrou-se associação entre a presença de resíduos de ftalatos no leite materno e no sangue dos bebês alimentados com esse leite, com a incidência de criptorquidismo e a diminuição da bio-disponibilidade de testosterona livre, que é necessária ao desenvolvimento normal do trato reprodutivo das crianças do sexo masculino.27

Também foi demonstrado que a exposição intrauterina de seres humanos ao DEHP e ao DBP diminui o tempo gestacional e o tamanho ao nascer26 e que os níveis de exposição de crianças a ftalatos presentes na poeira dentro das residências estão associados ao aumento da severidade dos sintomas da asma e da rinite.5

Em decorrência dos relatos científicos, na União Européia e nos Estados Unidos foi proibido o emprego de DEHP, DBP e de BBP na fabricação de brinquedos e de materiais para uso infantil, e também de DiNP, ftalato de di-n-octila (DnOP) e DiDP em brinquedos direcionados para crianças com menos de três anos.38