quinta-feira, 19 de maio de 2011

ENEM 2011







As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que será realizado nos dias 22 e 23 de outubro serão abertas nesta segunda-feira, a partir das 10 horas, e seguirão até as 23h59 de 10 de junho. Elas custarão R$ 35 e serão feitas exclusivamente pela internet, por meio do www.inep.gov.br/enem.

As informações sobre o exame foram divulgadas ontem, em Brasília, pela presidente do Inep, Malvina Tania Tuttman. A partir de 2012 haverá pelo menos duas edições anuais do exame - a primeira será em 28 e 29 de abril; a segunda deve ocorrer em novembro, após as eleições municipais. "É fundamental termos mais oportunidades de avaliar como estamos", disse Malvina.

Após duas edições do Enem marcadas por uma série de problemas, o Inep recorreu a uma empresa de gestão de riscos, que receberá até R$ 5 milhões, e ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para evitar imprevistos neste ano. Também foi instituído um grupo de operações de logística para monitorar desde a impressão do exame até a aplicação da prova nas salas.

A empresa Módulo - Solutions For Governance, Risk and Compliance, contratada por meio de pregão, ficará responsável pelo check-list de 1.276 itens de toda a etapa de produção do exame. Segundo informou o Inep, o valor do serviço pode chegar a R$ 5 milhões. Já o Inmetro, com quem o Inep firmou parceria, atuará com uma equipe para acompanhar o trabalho da gráfica RR Donnelley, a mesma responsável pela impressão do Enem do ano passado.

"Todas as medidas estão sendo adotadas no melhor padrão de qualidade para que os riscos sejam mitigados e a gente consiga rastrear uma eventual situação de risco", afirmou o diretor de gestão e planejamento do Inep, Denio Menezes.

Restrições. Durante os dois dias de prova, os estudantes não poderão usar lápis, lapiseira nem borracha. O uso de relógio também será proibido - cada sala deverá ter um marcador de tempo. Os alunos terão os celulares guardados em um porta-objeto lacrado ao entrarem nas 140 mil salas de aplicação do exame. "Enquanto tivermos poucos que não têm compromisso com a ética, teremos de utilizar medidas que muitas vezes podem parecer inapropriadas", disse Malvina.

O edital deste ano não prevê aos inscritos o direito a pedido de revisão ou de vista das provas, mas, segundo a presidente do Inep, essa questão está sendo discutida com o Ministério Público. Por causa da dimensão do exame, o Inep considera inviável considerar esses pedidos.

Questionada se poderia garantir que o exame não teria erros desta vez, Malvina disse: "Garantir é uma palavra muito difícil de ser usada. O Enem deu tão certo que temos cada vez mais adesões de instituições. Se não desse certo, não teríamos 4,6 milhões de participantes. O Enem precisa, como todo e qualquer processo, ser aperfeiçoado."

No ano passado, o Enem foi marcado por falhas de encadernação na prova amarela e pela troca de cabeçalho no cartão resposta, o que levou muitos estudantes a se confundirem no preenchimento do gabarito e solicitarem a correção invertida. Em 2009, a prova vazou, conforme revelou o Estado[ ], e precisou ser cancelada e adiada. Por falta de tempo, importantes universidades deixaram de usar o exame como critério de seleção.

O maior

6 milhões
de estudantes devem fazer o Enem deste ano, em outubro, de acordo com previsão do
Ministério da Educação

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